sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A constante no portátil

Uma constante com as canetas a deslizarem nas folhas dos cadernos ora em caligrafias onduladas ora, compósita. A constante persistiu e saltou para portátil quase a substituir o insubstituível. E aqui partilho as pontinhas dos constantes contíguos.
A vossa opinião conta.
Um bem-haja a todos!

Cidade agora com semáforo

Na sufocada ordeira rua deambulam a multidão
Na pacata sinalização ao trânsito movimentavam os carros
Na imperativa sinalização regiam os trânsitos
E no empoeirado ambiente do solo fértil continuava pessoas, objectos e seus consumos

Um rumor voltou o tempo
A felicitação juntou-se ao impulso orgulhoso
Nas acções passadeira com apito apitado
Cimentou-se “djamburere” de três cores
Substituto do regente trânsito
E em alguns estendais terrena
Edificou-se bancada de ferro a passada peões

Cidade agora com semáforo
Novidade! Trouxe alegria e muda atitude
Distante observa-se trapalhada, euforia, espanto e paciência

Cidade agora com semáforo
Grita inspiração arranque
Assim seja arranque sem travão
E travão para vida
Mais importante que “djamburere” de três cores
Semáforo para sempre intercalado aceso

Caldo de mancarra

Caldo de mancarra é um pesado e delicioso prato típico da culinária guineense “Guiné-Bissau”, confeccionado com manteiga de amendoim em conjunto com outros ingredientes. A peça principal pode ser frango, galinha, peixe ou dobrada. Normalmente é acompanhado de arroz cozido branco.

Ora, este termo ganhou outra conotação na altura do conflito interno que se despoletou em Junho de 1998. As tropas da intervenção dispunham dum uniforme, o típico estampado militar mas, de tonalidade mais clara.
Como é sabido esta população no geral dispõem em parte de característica brincalhona. Mesmo em situações difíceis são capazes de divertir com a dor para não se mergulhar em tédio.
Assim, o uniforme militar transparente estampado usado por um grupo de exército começou a ser apelidado de “caldo de mancarra” o termo irritava profundamente os fardados que não toleravam a dita designação ao seu uniforme. 
Ultimamente, tenho ouvido o termo com alguma frequência com conotação que não reporta a estes dois significados. Espero um dia partilhar convosco o desvendo curioso desta terceira atribuição.
Um bem-haja a todos!
“Já era & Já agora”